No dia 10 de Fevereiro teve lugar mais uma Escola da Fé. Foi a última das duas sessões dedicadas à memória da Seca do Bacalhau, onde agora funcionam as instalações do Centro Social e Paroquial de Canidelo.
O Dr. Manuel António fez o acolhimento aos “valentes” que vieram à Escola da Fé nessa noite fria e chuvosa. Fez um agradecimento a todos aqueles que conheceram este espaço noutros tempos.
Seguidamente fez a apresentação do esquema desta sessão. Após os 2 primeiros slydes, haveria um momento de silêncio e interiorização, ao ritmo da respiração de cada um. A respiração dá vida à nossa vida. Ao inspirar dizemos “Cristo Filho de Deus vivo”; ao expirar “tem piedade de nós”.
Após o cântico “Ditosos os que te louvam sempre”, tivemos um momento de oração.
Seguiu-se a audição do fado de Amália Rodrigues “Lavava no rio, lavava” que estava em sintonia com o tema tratado.
Seguidamente, foi feita a apresentação da segunda parte do vídeo sobre a Seca do Bacalhau, no qual se apresentaram testemunhos da D. Aurora Barros, da D. Laurinda Amaral, da D. Maria do Carmo, da D. Rosária Santos, do Sr. Fernando Santos e do Sr. Arlindo.
O Dr. Manuel António agradeceu ao Sr. Vítor e esposa a disponibilidade e empenho na realização do vídeo.
O Sr. Arlindo agradeceu ao Sr. Padre Almiro o que tem vindo a ser feito neste espaço.
Continuando, o Dr. Manuel António fez a ligação entre o trabalho e o aproveitamento deste espaço que agora alimenta o espírito. Referiu ima frase do Sr. Arlindo: “As dificuldades ajudam a amadurecer”. Do fado de Amália pode retirar-se uma ilação: às vezes estamos fartos de tudo e não sabemos sonhar nem temos vontade de construir. É bom que este espaço esteja ao serviço de todos. O homem é a suprema dignidade da criação porque é a imagem de Deus. Deus inscreveu a sua imagem no nosso coração. Qualquer agressão à pessoa humana é uma agressão ao próprio Deus.
O Padre José Maria e do Dr. Manuel António declamaram o poema “O operário em construção” de Vinicius de Moraes, que serviu de passagem para um pequena exposição sobre a Doutrina Social da Igreja, feita pelo Dr. Manuel António. A dignidade da pessoa deve estar no centro do trabalho e o trabalho não pode tirar a capacidade da contemplação. Mesmo que o trabalho seja duro, é importante ter a consciência de que se está a construir a si próprio. Quem não trabalha é como que mutilado.
O Sr. Padre Almiro interveio para dizer que à semelhança das irmãs de Lázaro, Marta e Maria, também nós hoje escolhemos a melhor parte, vindo até aqui, porque esta sessão, em todos os pormenores, foi um dom. Disse ter pena de não ver o salão cheio porque é isto que nos constrói e é uma preparação para uma maneira mais fantástica de estar na vida. Agradeceu a todos os que colaboraram. Estes espaços são uma bênção, um sonho e fruto de lucidez. Aqui vai ser a Cidade dos Homens e de Deus, com um Centro Paroquial e uma Igreja vai ser um mundo em miniatura e não é um projecto do Padre Almiro: é um desejo de Deus e da Comunidade, uma expressão de beleza de Deus e da nossa humanidade. Nada de extraordinário se faz sem entusiasmo. Terminou, dizendo que precisa de contar com todos.
Esta sessão terminou com uma oração, a bênção dada a todos os presentes pelo Sr. Padre Almiro e com o Cântico com que foi iniciada: “Ditosos os que te louvam sempre”.