Senhor,
Quantas vidas desperdiçamos,
Quando, em vez de paz, somos guerra;
Quando, em vez de semear, ceifamos;
Quando, em vez de somar, subtraímos?
Senhor,
Quantas vidas esmagamos,
Quando, em vez de compaixão, somos incompreensão;
Quando, em vez de perdoar, julgamos;
Quando, em vez de aliviar, oprimimos?
Senhor,
Quantas vidas abandonamos,
Quando, em vez de luz, somos trevas;
Quando, em vez de levantar, derrubamos;
Quando, em vez de abraçar, rejeitamos?
Senhor,
Neste mundo ferido de morte,
Ensina-nos, novamente,
A sermos-te gratos pelo dom da vida.
Vida que, livremente, nos deste,
Quando, pelas tuas mãos, nos criaste.
Vida que, em ti, redimiste,
Quando, na cruz, por nós morreste.
Morte que, eternamente, venceste,
Quando, pelo Pai, foste ressuscitado.
Vida que, na tua plenitude, recriaste,
Quando o teu Espírito, em nossos corações, derramaste.
E tudo, simplesmente, porque amaste.
Fonte | IMISSIO