O Natal que celebramos por estes dias remete-nos para o momento em que Deus se fez homem, tendo vindo viver a nossa vida e morrer da nossa morte, e morte de cruz. Mas, só isso? Não. Este homem que é Deus trouxe-nos uma mensagem simples:
Que o amor é uma condição essencial à felicidade, que ninguém se cumpre em pleno sem amor, que só é rico quem dá tudo, que amar é dar-se. Mais, veio dizer-nos que esta vida faz parte de outra, maior, que começou muito antes de nós e que existe para lá dos fins desta. Que somos eternos e amados, assim tenhamos a humildade de nos reconhecer como tal, e encontremos nos outros aquilo que em cada um deles é sublime e os amemos. Mais ainda aos que costumam ser esquecidos pela maior parte de nós.
Ora, ninguém deve esperar pelo Natal para cuidar e se reconciliar com a sua família.
Porque será que ainda há pessoas que se deixam levar pelo calendário ao ponto de só fazerem o que este lhes manda? Quem não for capaz de escolher o que julga ser o melhor a qualquer momento, ainda que com erros, muitos, não tem o discernimento mínimo para apontar a sua vida para a felicidade. Talvez nem seja digno dela.
Viver é sonhar e realizar a sua história, não é ser uma espécie de marioneta que só faz o que outros querem.
Por vezes é tempo de abrir as portas e… sair do conforto e de nos fazermos próximos de quem está distante… à espera de alguém como nós.
És tão necessário em tua casa como em muitos lugares bem longe dela.
Sempre que alguém vai ao encontro de outro, para lhe estender a mão, cumprindo a esperança do amor, nasce entre nós mais luz, e… faz-se Natal. E jamais deixará de o ser enquanto num qualquer canto escondido do mundo, o egoísmo de muitos for vencido por um gesto de amor de um só.
O amor é eterno e está aqui. Sempre.
Precisa de ti e de mim para chegar aos outros.
Fonte: Imissio (José Luís Nunes Martins)