Precisamos dos outros para desenvolvermos os nossos talentos. Precisamos dos outros para não estarmos, nem nos sentirmos, sós. Precisamos dos outros para, em conjunto com eles, encontrarmos respostas para os problemas, mistérios e adversidades da vida.
Se os outros são essenciais para chegarmos a ser quem podemos ser, é também verdade que só podemos admirar quem somos quando ninguém estiver a olhar-nos.
Quantas pessoas só fazem o bem porque buscam o aplauso interior de quem as vê?
É nos momentos em que estamos sós e ninguém pode saber o que estamos a fazer que somos realmente livres e a verdade do que somos se manifesta de forma quase assustadora.
Não te preocupes com o que pensam os outros, até porque só raras vezes eles são quem julgam ser. Nem de si sabem a verdade!
Um problema da opinião dos outros sobre nós é que pode influenciar a nossa opinião sobre quem somos. Mas não podemos dar muito crédito às palavras de quem não nos conhece bem nem, na verdade, se preocupa connosco.
Pouco importa o que pensam de ti. Importa o que és. Assim, também, cada um de nós deve assumir a responsabilidade de julgar por si mesmo, evitando ao máximo opiniões, ou pensamentos sequer, sobre o que não sabe.
Os santos são heróis que escolhem fazer o bem sem buscarem a admiração de alguém. Querem ser apenas quem podem ser de melhor, mesmo quando isso implica que percam a sua popularidade neste mundo. Os santos e os heróis não têm poderes especiais, apenas liberdade e coragem para definirem o seu caminho, por si mesmos, não pelo olhar dos outros.
Quando estiveres a ser demasiado parecido com os outros, preocupa-te, porque isso não é bom. A verdade é que és único e assim deves permanecer!
Pensa nos outros, mas pensa por ti próprio. Com humildade e sabedoria. Faz o bem que puderes, por quem possa precisar de ti. Mas se puderes fazê-lo sem que ninguém o saiba, melhor.
Fonte: Imissio (José Luís Nunes Martins)