Quase sempre preferimos ficar como estamos. Todas as mudanças nos parecem desagradáveis. Passamos a vida a queixarmo-nos de infelicidades, mas face a uma escolha que pode implicar uma mudança… resistimos muito, como se já fossemos felizes.
Importa que cada um de nós seja capaz de olhar bem para si, encontrar três ou quatro defeitos que são a causa da maior parte das nossas angústias e perguntar-se: Prefiro ser assim ou arriscar-me a ser feliz?
Os pecados que cometemos contra nós mesmos não são nada originais. São comuns a tanta gente que chegam a parecer inevitáveis. Mas, na verdade, não o são. É preciso admirá-los bem, e compreender a estupidez e a desnecessidade que encerram em si.
Queres mesmo continuar a ser assim? Sim? Olha para ti outra vez!
Não bastam palavras e boas vontades. Há quem prefira encontrar desculpas para os seus males do que fazer por se curar deles. O reconhecimento é o primeiro passo, mas não basta.
É essencial que encontremos em nós a coragem de caminhar para dentro do vazio daquilo que nos é desconhecido. Que ousemos ser diferentes, melhores. O terreno pode parecer desconhecido e talvez o seja, mas é por aí, e só por aí, que chegaremos à mudança de que precisamos.
Aprende a ser humilde e aceita as tuas fraquezas. Desperta desse sono que te faz refém de uma mediocridade desnecessária, levanta-te e anda. Faz o que for preciso para seres melhor, para seres feliz. Ainda que isso implique um grande desconforto e o sofrimento próprio de quem se vê retirado daquilo a que já se habituou. Por pior que seja…
Olha para ti. Encontra o que te prejudica. Livra-te disso. Vais precisar de muito esforço e paciência.
Só há uma razão que justifica não querer mudar: ser feliz onde se está.
Talvez não acredites que és melhor do que julgas. Ou isso seja apenas mais uma desculpa. A verdade é que és, porque acomodar-se é uma fraqueza, não uma força.
Ninguém é feliz sem lutar muito por isso.
Fonte | IMISSIO (José Luís Nunes Martins)