O princípio…
Em 1773, o primeiro proprietário da “Quinta de Lavadós” terá erigido um oratório particular, onde mandava celebrar missa em virtude da Bula Apostólica que tal autorizava.
Mais de um século depois, esta Quinta fez parte dos bens levados para o casamento de António José de Sousa Brandão. Tendo fixado residência nesta Quinta, o seu novo proprietário resolveu construir, junto à casa, uma capela com porta para a rua, permitindo assim a celebração de missa, principalmente nos meses de verão.
Para regularizar a situação da Capela, fez uma petição, em 13.05.1884, para edificação da Capela e para a conclusão interior e permissão da constituição do seu património. Em 13.05.1885, foi feito o pedido de bênção para a Capela que ficou dedicada a Nossa Senhora do Amparo, tendo sido benzida em 31.07.1885, pelo Vigário da Vara.
E os dias presentes…
A Capela de Nossa Senhora do Amparo, também conhecida por Capela do Brandão, tem no seu altar-mor uma imagem de Nossa Senhora do Amparo, que se pensa ser do século XVIII, sendo as outras imagens mais recentes.
A Família Brandão, proprietária da Capela, continua a mantê-la aberta à população, havendo celebrações eucarísticas ou da palavra, todos os sábados às 17h30.
A comunidade da Capela de Nossa Senhora do Amparo é constituída, na sua maioria, por pessoas de bastante idade mas que fazem questão de manter a sua ligação à Igreja.
Assim, os tempos fortes da liturgia têm sido marcados com dinâmicas que permitem uma maior vivência e preparação para as grandes celebrações do Natal, da Páscoa e do Pentecostes.
Na Quaresma e Tempo Pascal de 2013, vivendo o Ano da Fé, fomos convidados, na Quaresma, a IÇAR AS VELAS DA FÉ. Falamos de “içar as velas”, no sentido de navegar para a grande noite da Páscoa. E falamos de “içar as velas”, pensando nas «velas» da grande “barca” da Igreja, que, avança, pelo mar da história, graças ao sopro e ao fogo do Espírito Santo, que a impele. Isso mesmo nos foi sugerido no logótipo do ano da fé, que colocamos na nossa barca. No Tempo Pascal, entramos NA BARCA DA IGREJA e ao longo de sete semanas continuamos a nossa viagem que iniciamos na Quaresma: de “IÇAR AS VELAS NA BARCA DA IGREJA” para “NAVEGAR AO SOPRO DO ESPÍRITO SANTO”. E, no Pentecostes, a nossa barca ficou pronta a navegar!
Advento de 2013, tivemos um farol por companhia, numa dinâmica denominada “Manter acesa a Luz da Fé”. Esse farol foi a nossa “casa da luz”: foi o lugar de onde ardia uma luz de vigia, que daí dimanava, como orientação e referência, na rota da barca da Igreja e da vida de cada um. O Papa Francisco diz-nos que “a fé não mora na escuridão”. Ela habita uma casa de luz! Coube-nos construir o farol, para habitar a Casa da Luz.
Na Quaresma e Tempo Pascal de 2014, tivemos uma dinâmica denominada “Enraizar a Fé no Baptismo e Frutificar pela Força do Espírito”, que procurava mostrar e atender à unidade da Quaresma e da Páscoa, à luz do caminho que o cristão é chamado a realizar, desde o Baptismo e a partir dele.
Advento de 2014, a dinâmica “Jesus, neste Natal quero receber-te com um coração novo”, teve em conta as leituras de cada domingo do ano B que, a meditação nelas e a descoberta da sua mensagem se conseguir fazer nascer em nós um coração novo, capaz de acolher toda a força do amor de Deus que vem até nós, de um modo especial em cada Natal, no Menino do Presépio.
Nesta Quaresma e Tempo Pascal, seguimos as indicações da nossa diocese e a dinâmica utilizada é “Abre a tua porta à alegria do Evangelho”- Caminhada para uma Quaresma com Páscoa. Porque as portas abertas indicam acolhimento aos que chegam de fora, a Quaresma é, assim, para os cristãos, e deve ser através deles para todo o mundo, um convite a abrir a porta do nosso coração à alegria do evangelho.
Assim se vai mantendo viva e activa esta Comunidade, estando sempre ao dispor de Cristo, para bem da sua Igreja.