Abertura do Jubileu Extraordinário da Misericórdia na Diocese do Porto

Conforme anunciado, o Ano Santo da Misericórdia, teve início, na nossa Diocese do Porto, no dia 13 de Dezembro, com a abertura simbólica da Porta da Sé Catedral por D. António Francisco dos Santos.

Da Igreja de São Lourença, mais conhecida como Igreja dos Grilos, saiu às 15,30 horas, a solene procissão que incorporava os bispos, presbíteros e diáconos da Diocese. Para além dos representantes das Santas Casas da Misericórdia da Diocese, foram muitas centenas de pessoas que encerraram esta procissão.

Abertura do Ano Jubileu

Saída da Procissão da Igreja de S. Lourenço

Eram cerca de 16 horas, quando o Solene Cortejo chegou às portas da Sé Catedral e D. António procedeu à abertura da Porta Santa, inaugurando, assim, de forma simbólica o Ano da Misericórdia, tendo depois proferido uma oração e algumas palavras aos participantes.

Abertura do Ano Jubileu I

D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto, abre a Porta Santa.

Abertura do Ano Jubileu II

 O Senhor Bispo do Porto dirige-se aos presentes após a abertura da Porta Santa.

Na homilia que proferiu nesta Celebração, o Senhor Bispo começou por dizer:

Eis-nos chegados ao Jubileu Extraordinário da Misericórdia, na Igreja do Porto. Sede bem-vindos, irmãos e irmãs! Obrigado pela vossa presença tão numerosa e tão participativa!

Ao abrir a Porta Santa da nossa Catedral senti que estava a tocar a grande Porta da Misericórdia de Deus. Essa porta bonita, embelezada e grande que acolhe os nossos pecados, recebe o nosso arrependimento e nos devolve em abundância a graça e o perdão de Deus! “Um jubileu é tempo de graça, de bênção e de grande perdão” (Is. 61.2).

Esta Porta Santa estará aberta para os de perto, vindos desta amada Igreja do Porto, e para os de longe, vindos de outras distâncias humanas, geográficas e existenciais. Este gesto de abertura da Porta Santa será replicado, a partir do próximo domingo, nas 23 Portas da Misericórdia, em cada uma das Vigararias da Diocese.”

Recordemos que todos fomos convidados para participar neste Jubileu Extraordinário da Misericórdia, pelo Papa Francisco que o iniciou, em Roma, no passado dia 8 de Dezembro e se prolongará até 20 de Novembro de 2016, solenidade de Cristo Rei e Senhor do Universo.

Abertura do Ano Jubileu III

D. António Francisco, durante a homília

D. António continuou a sua homilia, avançou algumas respostas para o propósito deste Ano da Misericórdia:

Procuramos Deus de ternura, de bondade e de misericórdia; vemos aí inscrito o nome de Deus, que protege, que cuida e que salva, (…) encontramos a Palavra e os sacramentos, sinais vivos e vivificantes da misericórdia divina; aguarda-nos Jesus Cristo, rosto da misericórdia do Pai, para que compreendamos que a misericórdia é o novo nome de Deus.”

E continuou:

Acompanharam-nos, ao entrar nesta Porta Santa, homens e mulheres que, individualmente ou em família, em instituições ou organizações, de que as Santas Casas da Misericórdia são as mais paradigmáticas no nome e na missão, trabalham para que diariamente se cumpram as 14 obras de misericórdia corporais e espirituais, na Igreja do Porto. Homens e mulheres, testemunhas da fé, portadores de estandartes de misericórdia e possuidores de um coração de bondade que amam, cuidam e multiplicam diariamente milagres de misericórdia. São homens e mulheres a quem Portugal muito deve!”

Lembrou que esta Jubileu abre também as portas da Igreja, para levar a Misericórdia, em tons de alegria. Fez votos para que entremos neste Ano Santo com coração de misericórdia e de perdão num mundo traído pelo radicalismo e pela vingança e magoado pela agressividade e pela violência, numa escalada aflitiva que tem no terrorismo a sua expressão mais dolorosa.

A Porta Santa, que se abriu à Igreja do Porto, estará todos os dias aberta aos milhares de peregrinos que aqui virão bem como aos numerosos turistas que chegam ao Porto.

Abertura do Ano Jubileu IV

Assembleia na Sé Catedral

No final da Celebração foi distribuída aos presentes uma Carta Pastoral que os nossos bispos nos confiam no sentido de nos vermos como “Felizes os misericordiosos!” (Mt 5,7) .

Deixou um apelo a que todos nós tentemos viver de forma dinâmica e generosa este Ano da Misericórdia, levando-a a todos aqueles que anseiam por ela.