Nenhuma relação é fácil e quanto mais profunda for mais dura se torna.
Na amizade há dois pontos de partida e dois pontos de chegada. Duas vidas que devem ser sempre independentes e livres. Um amigo sabe quando é tempo de se aproximar e quando é tempo de se afastar. A amizade supõe uma distância grande entre as pessoas, como se tivessem sempre espaço à sua disposição, ar à sua volta e tempo sem pressa.
Nem muito perto, nem demasiado distante.
É essencial que saibamos compreender o que é o respeito. Isso envolve aceitar que outras pessoas o julguem de forma diferente, mas, ainda que o considerem menos do que nós, nunca devemos ultrapassar os nossos limites. Se o outro tiver uma ideia de respeito mais alargada do que a nossa, então é a dele que deve ser tida em conta.
Um amigo não se empresta a si mesmo, dá-se. A amizade é uma manifestação do amor. A amizade é um amor de pés bem assentes na terra!
A felicidade é impossível sem amigos, mas não nos devemos convencer de que os temos em abundância, porque a maior parte desaparecerá assim que se vir o primeiro relâmpago forte e antes mesmo do trovão! Outros revelam que não são amigos quando não são capazes de ficar felizes com os nossos sucessos.
Um amigo é alguém como nós. Nem melhor, nem pior. Capaz de repartir o pouco e o muito, as aflições e, da mesma forma, os contentamentos.
Um amigo não morre sozinho. Com ele leva o quanto lhe dei, comigo fica tudo quanto de si me deu.
Abrir a porta que existe entre nós e o outro, permitindo a partilha, é a chave para que se abra a porta do céu para nós.
Fonte | IMISSIO (José Luís Nunes Martins)