Sexta-Feira Santa – A Cruz

A PÁSCOA DA NOVA ALIANÇA

Colocar dentro da Arca o pergaminho “A CRUZ” e iluminar, adornar, adorar a Cruz.

Monição:

“Nos dias amargos da família, há uma união com Jesus abandonado que pode evitar uma rutura. O mistério da Cruz de Cristo transforma as dificuldades e os sofrimentos em oferta de amor”. Vale a pena considerar a morte de Jesus e, a partir desta, iluminar com a esperança da ressurreição, o sofrimento, a morte, o luto e até mesmo a dura experiência do confinamento, em tempos de pandemia.
O grito lancinante de tantas pessoas afetadas pela pandemia da COVID-19 e das suas sequelas de morte, luto, pobreza, desemprego, exclusão e solidão, encontra o seu rosto e a sua voz no grito de Jesus abandonado na Cruz. A nossa vida atingida (às vezes mortalmente) pela pandemia, “asfixiada” pelo confinamento e de algum modo confiscada ou expropriada, restrita e limitada em tantas dimensões afetivas e comunitárias, pode ser lida a partir da Cruz de Cristo, onde Deus Se retrai, Se autolimita, Se expropria ou Se “esvazia”, para nos poder oferecer uma vida maior, plena e eterna. De algum modo, o tempo da pandemia pode ser visto como uma longa Sexta-Feira Santa. E isso dá-nos a certeza de que nada aconteceu ou acontecerá em vão. E que florescem já sinais vitais de esperança, que é preciso reconhecer e cultivar.

Sugestão:

Fazer um grande silêncio às 15h00, rezando pelas vítimas da pandemia. Fazer memória e partilha de momentos difíceis ultrapassados em família. Contactar alguma pessoa em situação de luto e oferecer-lhe uma mensagem de consolo e de esperança.
Realizar uma via-sacra, com as 14 ou 15 estações marcadas em diversos lugares, dentro e ao redor da casa (tal como no Domingo de Ramos).