“Construindo pontes” é o tema de um “encontro sinodal” entre o Papa Francisco e os estudantes universitários do hemisfério ocidental, que se realiza no próximo dia 24, em língua inglesa, espanhola e portuguesa.
A iniciativa deste evento virtual coube à Universidade de Loyola de Chicago, nos Estados Unidos da América, e decorreu de um questionamento interno sobre o modo como a instituição poderia participar no atual Sínodo sobre a sinodalidade.
Os estudantes interessados, inclusive em Portugal, podem desde já inscrever-se para assistir ao evento virtualmente, havendo tradução para inglês, espanhol e português. Segundo os organizadores, Francisco responderá em espanhol e sem guião pré-definido. As inscrições podem ser feitas na página da Universidade.
Na verdade, segundo revelou Peter Jones, responsável atual do Instituto de Estudos Pastorais (IEP) da Loyola, esta iniciativa será mais do que um debate. Pretende ser a plataforma de um “movimento ou rede”, envolvendo estudantes de diferentes áreas do saber, para conversar com o Papa sobre “questões que são prementes entre eles, mas também para propor soluções”.
Após a conversa do dia 24, segundo os organizadores, os estudantes continuarão a reunir-se para colocar as suas ideias em prática.
Embora o Sínodo ocorra sobretudo a partir das dioceses, a Universidade Loyola pretendia também envolver os seus alunos. E foi nesse ponto que, à procura de alguém em Roma que pudesse colaborar, surgiu a pergunta: “Por que não o Papa?”
Uma das pessoas que ouviu a pergunta foi Emilce Cuda, teóloga argentina que leciona no mestrado em espanhol do IEP. Loyola tinha-a contratado antes de ser nomeada chefe do escritório do Conselho Pontifício da América Latina no Vaticano, em agosto passado. Parte do seu encargo nesse papel, disse Jones, é ajudar a construir pontes nas Américas entre o Norte e o Sul. “Uma semana depois, antes do Natal, a dra. Cuda ligou de volta a anunciar que o Papa aceitava.”
Desde então, perto de centena e meia de estudantes têm vindo a reunir-se virtualmente em grupos para “discutir os desafios que enfrentam e o que podem fazer a propósito”. Cada um desses grupos selecionará um representante para falar diretamente com o Papa, apresentando o que foi debatido em grupo.
Fonte: 7Margens