Quanto tens em abundância, deves partilhar com quem tem pouco ou nada. Assim é com os bens materiais, mas também com os talentos de cada um de nós. Não se trata de educação, simpatia ou generosidade, é uma obrigação.
Se nada tiveres, mais do que uma palavra ou um sorriso, podes e deves dar do teu tempo, que sendo da tua vida, talvez não seja para ti!
Quanto mais pobre fores, maiores são as tuas esmolas. E se o fizeres com alegria, é certo que ganharás o céu.
Também cada um dos teus dias é uma esmola que te esqueces de agradecer. Dá a tua vida. Dá-te como esmola. Assim a recebeste, assim a deves dar, sem julgar a quem deves ou não dar… a chuva e o sol, as árvores e o mar tratam todos por igual.
Não sejas ingrato, não te queixes da ingratidão dos outros. O mais importante é a boa ação, não a forma como é recebido ou devolvido. Aliás, se a ação esperar algo em troca, então não tem a pureza de uma ação boa. Dá em segredo.
Alguns ricos revelam a sua pobreza espiritual de cada vez que tentam que os outros lhe dêm a esmola da sua inveja. A vaidade é sinónimo de inferioridade.
O que aconteceria se desses tudo o que, sendo teu, não usas e não consideras importante? Ficarias mais pobre ou mais rico?
Sê humilde, se colocares o teu coração no mais baixo, elevarás a tua oração ao mais alto.
A nossa existência é semelhante à do mendigo que estende a mão a quem passa… mantendo a esperança acesa, apesar de tantos que passam e nem sequer olham. Alguns olham, outros olham e dão, outros olham, dão e tocam-nos na mão… outros ainda, olham e dão-nos a sua mão.
Que a tua vida seja um pedaço de amor que se cumpre em ações concretas, faz-te próximo e cuida daqueles que tanta gente nem quer ver.
Fonte: imissio (José Luis Nunes Martins)