A liturgia deste domingo reflete sobre o sentido da história da salvação e diz-nos que Deus nos conduz para o novo céu e a nova terra da felicidade plena, da vida definitiva. Esta certeza deve ser o horizonte que os nossos olhos contemplam em cada dia da nossa caminhada neste mundo para fazer nascer em nós a esperança; e da esperança brota a coragem para enfrentar a adversidade e para lutar pelo advento do Reino.
Na primeira leitura (Mal 4,1-2), um “mensageiro de Deus” anuncia a uma comunidade desanimada, cética e apática que Jahwéh não abandonou o seu Povo. O Deus libertador vai intervir no mundo, vai derrotar o que oprime e rouba a vida e vai fazer com que nasça esse “sol da justiça” que traz a salvação.
O Evangelho (Lc 21,5-19) oferece-nos uma reflexão sobre o percurso que a Igreja é chamada a percorrer, até à segunda vinda de Jesus. A missão dos discípulos em caminhada na história é comprometer-se na transformação do mundo, para que a velha realidade desapareça e nasça o Reino. Esse “caminho” será percorrido no meio de dificuldades e perseguições; mas os discípulos terão sempre a certeza da ajuda e da força de Deus.
A segunda leitura (2Tes 3, 7-12) reforça a ideia de que, enquanto esperamos a vida definitiva, não temos o direito de nos instalarmos na preguiça e no comodismo, alheando-nos das grandes questões do mundo e evitando dar o nosso contributo na construção do Reino.