Pode alguém chegar ao fim dos seus dias com uma sensação de plenitude e gratidão? É possível encontrar um caminho por onde se é feliz, não à chegada, mas a cada passo?
A morte põe fim a esta existência que conhecemos, mas porque será que não é óbvio para tanta gente que esta vida faz parte de outra?
Se há aqui tantos tipos de sofrimento e que doem todos tanto, uns de forma mais focada num período curto, outros com cargas mais leves, mas que temos de carregar por muito mais tempo… como podemos encontrar alegria neste mundo onde parece haver tão poucas razões para sorrir?
Se a doença, o envelhecimento e a morte são inevitáveis, então como pode alguém ser feliz? Morrer feliz?
Talvez nada, ou quase nada, seja como nos parece ser, o que significa que é preciso mudar a nossa forma de ver, pensar e sentir aquilo a que chamamos realidade. Há um infinito para lá do que conseguimos alcançar hoje e isso é bom!
Morre a sorrir quem compreende que a vida quer viver e que aquilo a que chamamos eu sobreviverá ao que muitos chamam fim. Não apenas através dos que não deixarão de nos amar, mas pelo amor de quem nos deu a existência, criando-nos a partir do nada e fazendo de nós parte de si.
Não te apegues ao que já não és, nem te consumas com o que há de vir… Vive as tuas horas não deixando que passem sem que nelas nada faças.
Luta por aquilo em que acreditas, não vejas nada como impossível e, por piores que sejam as condições nas quais tens de combater, não deixes de explorar ao máximo o tempo que te é dado para fazeres com que a tua vida valha todos os sacrifícios.
E se, com a tua vida, tiveres conseguido encher de amor a vida dos outros… talvez não consigas deixar de sorrir por eles… e por ti!
Fonte: Imissio (José Luís Nunes Martins)