Aquilo que no final da nossa existência mais vai importar não são os resultados que atingimos, mas aquilo pelo qual lutámos. Não o que ganhámos ou perdemos, mas o que fizemos quando estávamos na arena, qual foi o nosso objetivo e que decisões concretas tomámos para o alcançar.
Cada um de nós, porque é livre, é responsável por si e pelos seus gestos. Não pelos desfechos que resultam deles. Se fossemos todo-poderosos e não respeitássemos nada nem ninguém, então sim, mas só nessas condições.
Somos parte de um todo, os sucessos quase sempre são mérito de muitas pessoas, não de uma só. É bom que nos lembremos disso quando nos julgamos melhores do que todos os outros e autossuficientes.
Haverá sempre quem prefira destruir sozinho em vez de construir em conjunto. Orgulhosos, querem ser autores singulares de qualquer coisa, ainda que seja má. Pelo menos assim se sentem num patamar diferente dos demais.
No fim dos tempos, seremos pesados de acordo com as nossas ações e intenções. Alguém que tentou fazer o mal, ainda que sem o ter alcançado, terá o mesmo fim daquele que o conseguiu. O mesmo em relação ao bem, é querê-lo e tentá-lo que define o direito à eternidade, não se o conseguimos concretizar ou não.
Devemos trabalhar como se tudo dependesse só de nós, sem ficar à espera de que outros nos ajudem e assim nos poupemos. Há que dar tudo. Tudo. Conscientes de que os fins a que chegamos aqui são muito pouco importantes quando comparados com aquele que devemos merecer…
Quem desiste, enquanto puder tentar mais uma vez, nem de si mesmo é digno.