Testemunhos sobre a JMJ: uma homilia diferente

No passado dia 9 de Setembro, realizou-se no salão da nossa paróquia uma missa de ação de graças pela Jornada Mundial da Juventude, onde os jovens Martim Remelgado e André Queta do grupo de jovens da Capela de São Paio e os jovens Aldina Pinto e José da JUF fizeram a homilia da Eucaristia, apresentando os seus testemunhos e vivências sobre os dias em que estiveram em Lisboa, durante a JMJ.

Martim Remelgado foi o primeiro a falar e começou por contar como decorreu a semana das Pré-jornadas que, pelas suas palavras, foi uma “rotina apressada, mas feliz”, porque se sentiu útil ao serviço dos outros. Depois, recordou os momentos centrais do evento e relembrou as “frases arrebatadoras” do Papa Francisco, que nunca mais esquecerá. O jovem disse que actualmente “vivemos numa sociedade em que dizer bom dia uns aos outros é uma coisa rara e que ali na jornada, olhava para o lado e encontrava sempre um sorriso, um cumprimento, um momento de diálogo com jovens que não conhecia de lado nenhum”. Além disto, Martim explicou que, ao longo da semana das jornadas, sentiu-se “portador de uma alegria que ninguém nem nenhuma circunstância conseguiam ocultar”: a alegria de ter Cristo consigo!

Logo de seguida, Aldina Pinto realçou que foi extraordinário receber os 103 peregrinos polacos e croatas na nossa paróquia e explicou que mantém “contacto com muitos deles, mesmo estando do outro lado do mundo.” Sobre a experiência em Lisboa, Aldina disse que viveram muitas peripécias, “desde paragens de metro fechadas a motoristas de autocarro que passavam e não paravam”, mas que mesmo assim a JUF e o Grupo de Jovens da Capela de São Paio se mantiveram sempre unidos. A jovem ficou fascinada com “as multidões de culturas que se encontravam em Portugal, num país tão pequenino”  e terminou por dizer que “a JMJ foi uma união global e foi uma sensação de fazer parte de algo grande: a fé e a esperança em Jesus Cristo!”

André Queta iniciou o seu discurso falando da “experiência incrível” dos Dias nas Dioceses, que lhe ajudaram a fazer novos amigos, embora  tenha sido “um pouco triste ver partir os jovens” que acolheram em Canidelo. Quanto à semana da Jornada Mundial da Juventude, o rapaz de 18 anos disse que “foi uma semana completamente diferente de tudo o que já viveu” e que se pudesse repetir, “não pensaria duas vezes”. Contou ainda que a chegada ao Campo da Graça,  espaço onde pernoitaram durante o fim de semana, foi “um dia que exigiu muito de todos os peregrinos e que sem espírito de equipa não seria possível lá chegarem”. No fim, “ valeu a pena o esforço para ouvir as bonitas palavras do Papa Francisco”.

José fez uma reflexão um pouco diferente da dos seus colegas, destacando apenas o que aprendeu com esta aventura. O jovem “queria ver Deus através do Papa”, mas nunca conseguiu ver o Sumo Pontífice de perto. Quando regressou ao alojamento onde ficou, percebeu que “estava a procura de Jesus num palco grandioso, sendo que Cristo está nas pequenas coisas”. A seguir, explicou que “os cristãos são felizes e que têm uma eternidade pela frente, por mais que tenham dez, vinte ou noventa anos, porque Viver é Cristo e morrer é lucro”, citando assim uma frase do Apóstolo Paulo.

O Padre Almiro finalizou a homília, dizendo que “ouvir os nossos jovens foi uma grande vantagem, até para si.”