O título da bula vem de uma passagem da Carta de São Paulo aos Romanos (Rm, 5,5): “A esperança não desilude, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações por meio do Espírito Santo que nos foi concedido”.
Segundo a tradição, cada Jubileu é proclamado através da publicação de uma bula papal, documento oficial, geralmente escrito em latim, com o selo do Papa, cuja forma dá o nome ao documento.
Francisco proclamou o jubileu extraordinário da misericórdia (2015-2016) com a Bula ‘Misericordiae vultus’ (O Rosto da Misericórdia).
A porta santa vai ser aberta no próximo mês de dezembro.
O Jubileu 2025 coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia, que abordou a data da celebração da Páscoa, e terá uma dimensão ecuménica numa das rotas de peregrinação propostas, o ‘Iter europaeum’, 28 Igrejas que se referem a 27 países europeus e à União Europeia, com alguns templos de outras comunidades cristãs.
O Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.
A 8 de janeiro, na audiência de apresentação de cumprimentos de ano novo, pelos membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé, o Papa explicou que “na tradição judaico-cristã, o jubileu é um tempo de graça para experimentar a misericórdia de Deus e o dom da sua paz”.
“Talvez hoje, mais do que nunca, tenhamos necessidade do ano jubilar. Perante tantos sofrimentos que provocam desespero não só nas pessoas diretamente atingidas, mas em todas as nossas sociedades; frente aos nossos jovens, que, em vez de sonhar um futuro melhor, com frequência se sentem impotentes e frustrados; e face à obscuridade deste mundo que, em vez de se afastar, parece crescer, o jubileu é o anúncio de que Deus nunca abandona o seu povo e mantém sempre abertas as portas do seu Reino”, precisou.