Teve lugar no Salão Paroquial, a Vigília Pascal pelas 21h30, tendo como Presidente da cerimónia o Padre Almiro Mendes. Quem da cerimónia pode assistir, reparou que o Salão Paroquial estava cheio e com um sentido de Comunidade e de Família mais Alargada.
Aquando da entrada do Salão verificamos a diminuída luz e podíamos ver uma fogueira colocada no lado oposto do coro.
A celebração foi mais longa do que o habitual, em que foram proclamadas quatro leituras, das sete leituras propostas, com quatro Salmos e quatro orações intercalando cada leitura, terminando com o Evangelho.
Nesta cerimónia fomos testemunhas de três crianças que se batizaram.
A Vigília iniciou com a Liturgia da Luz, com o ritual da bênção do fogo pelo Padre Almiro, da bênção e preparação do Círio Pascal que após ser abençoado e aceso foi levado em procissão pelo Salão por Padre Almiro, que pela escuridão parou por três vezes na parte inferior e três vezes na parte superior do Salão, proclamando a “Eis a Luz de Cristo” a cada paragem, a qual a assembleia respondia “Graças a Deus”, e acendia uma vela da assembleia que depois ia acendendo vela em vela, diminuindo a escuridão. A última proclamação foi feita em frente ao Altar, onde viria a colocar o Círio num candelabro, ao lado do Ambão. Após as velas acesas, houve a proclamação do Precónio Pascal, a qual a assembleia respondia “Glória a Ti, Glória Senhor. Ámen. Ámen. Ámen”
Ainda à luz das velas tivemos lugar à Liturgia da Palavra, com a leitura das três primeiras leituras retiradas do Antigo Testamento (Gen. 1, 1-2,2; Êxodo 14, 15- 15, 1; Profecia Ezequiel 36, 16-33), intercaladas, cada leitura, com um Salmo e com Orações relacionadas com as leituras lidas; e uma leitura do Novo Testamento (Romanos 6, 3-11), para em seguida dar lugar ao Evangelho, que em vez de ser proclamado foi representado, representação que encenou a ressurreição de Jesus Cristo. Este momento da Liturgia levou-nos à reflexão sobre as Maravilhas de Deus, desde o começo da criação do céu e da terra; passado pela libertação do Seu povo da escravidão do Egito, neste episódio leva-nos a reletir sobre um passado de opressão e a passagem para um futuro de liberdade, em que não há caminho de volta, pois o Mar Vermelho se fecha e os inimigos são derrotados, a caminhada agora é em frente, com independência; a reflexão que seguiu foi o castigo do Seu Povo por profanar o Seu nome; já com o Novo testamento e com a epístola aos Romanos, como Cristãos, pela nossa Fé e Batismo somos convidados a participar na morte e ressurreição de Jesus. A excelente representação do Evangelho levou-nos a lembrarmos da manhã de Domingo em que Jesus ressuscitou e em que somos levados a sermos testemunhas a anunciar esta verdade, devemos continuar em todos os lugares e momentos a anunciar esta verdade desta passagem da morte à alegria da vida. Perante um cenário de proclamação da Palavra e representação da Palavra, com apenas a luz das velas, somos convidados a refletirmos: somos Trevas ou somos Luz? Somos Escravos ou Livres? Como vivemos o batismo? Estaremos a anunciar a vida? Procuramos convertermo-nos a cada dia? Terminamos a Liturgia da Palavra cantando com alegria Ressuscitou Aleluia, com o propósito de anunciar que a morte foi vencida.
Na Liturgia Batismal, já com a luz artificial e as velas apagadas, fomos convidados a sermos testemunhas de três batismos realizados, de dois Rodrigos e de uma Tatiana, crianças que frequentam o terceiro ano da catequese e que receberam o maior Dom e Graça. Fomos também testemunhas da sinceridade da felicidade destas crianças que nos transmitiram por aquele momento, que de certo lhes ficará gravado para sempre. Após a apresentação das crianças à assembleia pelo Padre Almiro, houve agradecimento aos catequistas que acompanharam estas crianças nestes três anos; os pais, padrinhos e toda a família que se associaram a este momento. Decorreu de seguida a Ladainha. Segue-se a Oração e bênção da água, para de seguida sermos aspergidos pelo Padre Almiro, que percorreu todo o Salão, com a água abençoada, pela graça do batismo que todos nós recebemos. De seguida, fizemos a renovação das promessas batismais. Segue-se a unção das crianças com óleo, onde lhes é traçado uma cruz no peito ou testa, que significa a força de Deus nas crianças para vencerem os problemas da vida. Colocada a água benzida na pia batismal, segue-se o batismo da Tatiana e dos Rodrigos, a água como símbolo de pureza e lavagem. Os padrinhos, após o batismo, vestem-lhes as albas brancas, para as revestirem de Cristo e em Graça, tornando-se novas criaturas. Os padrinhos entregam a vela do batismo aos afilhados que é acesa no Círio como sinal da vinda e presença do Espírito Santo na vida das crianças. No fim da cerimónia batismal, toda a assembleia aplaudiu a Tatiana e os Rodrigos pela sua nova vida e pelo compromisso assumido em fazerem parte da família Cristã.
A cerimónia termina com a Liturgia Eucarística. Nela a Tatiana e os Rodrigos, pelo batismo, receberam a graça da eucaristia, já podendo receber a Sagrada Comunhão pela primeira vez.
Já ia longa a cerimónia, mas foi um grande momento e foi vivida com muita intensidade de quem dela participou.